No princípio, Getúlio Vargas era dividido em cinco distritos: Erebango, Ipiranga do Sul, Estação Getúlio Vargas, Floriano Peixoto e Souza Ramos. No ano de 1979, ocorreram diversos rumores de que Estação Getúlio Vargas pretendia formar um novo município, desmembrando-se de Getúlio Vargas em cuja área emancipada também ficariam os distritos de Erebango e Ipiranga do Sul. Desta data até meados de 1981, os boatos não se confirmaram. Em entrevista, o Sr. Paulo L. Dreier, que na época era presidente da Câmara de Vereadores de Getúlio Vargas, rememorou os acontecimentos vivenciados: Mediante os comentários que novamente surgiram, formou-se uma comissão integrada pelo Prefeito na época Darcy José Peruzzolo, Vice prefeito Bruno Valdo Klein, Presidente do Partido da Arena, Sr. Clovis Valadares e o Presidente da Câmara de Vereadores, Paulo L. Dreier, que foi a Porto Alegre para verificar os fatos reais sobre o assunto na Assembléia Legislativa. Na Comissão de Constituição e Justiça foram lhes apresentados documentos datados desde 6 de novembro de 1979 que comprovavam realmente todos os rumores sobre a emancipação de Estação Getúlio Vargas. No regresso a Erebango, realizou-se uma reunião no Clube União, aberta a toda população local para registrar o protesto e a disposição de não fazer parte do novo Município, uma vez que Erebango sempre teve representantes na Administração de Getúlio Vargas, mantendo suas reivindicações e pedidos sempre atendidos. O grupo estava decidido a continuar vinculado ao Município de Getúlio Vargas. Se o fato se consumasse, em protesto Erebango faria um movimento para pertencer ao Município de Erechim. Por um período os rumores se aquietaram, uma vez que, nenhum dos distritos de Getúlio Vargas atingiam a exigência legal quanto a população, arrecadação e outros itens para tornar-se Município. Foi total a surpresa quando do conhecimento da Lei Estadual nº 8253 de 12 de novembro de 1986, que autorizou a consulta plebiscitária para a criação no novo Município de Estação. Movimentaram-se outra vez os líderes dos distritos de Ipiranga do Sul e Erebango, fazendo assembléias, comissões e abaixo-assinados entre a população, sempre contrários a fazer parte do novo Município. Tanto Erebango quanto Ipiranga do Sul nomearam através de procuração o bacharel Oscar Breno Stahnke para representá-los quanto ao pedido de argüição de inconstitucionalidade da referida Lei.No início do ano de 1987, às vésperas da campanha política da administração municipal de Getúlio Vargas, continuavam as divergências e atritos partidários entre os políticos dos distritos. Para ocorrer uma conciliação ou um acordo que ficasse a contento de todos, o deputado Hélio Musskopf, Presidente da Comissão de Estudos Municipais, acompanhado pelo Deputado Antonio Lorenzi sugeriram que houvesse a emancipação dos três distritos, cada qual com sua área e para tanto apresentaram proposta a Assembléia Legislativa, que na época era presidida pelo Deputado Algir Lorenzon. Os três distritos, surpresos com a proposta, mas de certa forma satisfeitos, organizaram suas Comissões de Emancipação e demais documentos para solicitar os plebiscitos. A documentação entregue em tempo hábil, devido à eleição que se aproximava, foi avaliada e aprovada e a autorização para a consulta a população quanto ao desejo de emancipar os distritos foi contemplada em Erebango pela Lei nº 8.368 de 29 de setembro de 1987.